22 julho 2011

Próprios concelhos

 Eu acho até engraçado a forma de como eu consigo aconselhar a todos. Pode ser o pior problema do mundo, eu sempre vou fazer a pessoa ficar um pouco mais "feliz", tirar um pouco da "culpa" dela, fazer ela se sentir um pouco menos "mal"... Fazer ela olhar pra frente e colocar na cabeça dela que ela é melhor! Ontem meu amigo estava muito mal, e eu to (estava) passando pela mesma coisa que ele, na hora eu sabia do que ele precisava, das palavras que ele precisava ouvir, de tudo o que ele precisava saber, do que eu podia fazer pra ele olhar pra frente e enfrentar tudo, segurar o mundo dele que estava desabando... Ou então eu podia fazer como meus amigos e "ignorar" quando eu dou um simples sorrisinho e falo "ta tudo bem, relaxa". Eu tenho certeza de que se alguem fizesse por mim o que eu fiz por ele ontem, eu ia ser mais feliz, hoje eu iria acordar com um humor diferente... A muito tempo eu não acordo, me olho no espelho e falo "Hey, eu to bem, que dia lindo!". Eu sabia de toda a dor que ele tava sentindo, eu sabia que eu tinha que fazer algo pra amenizar a dor dele, eu não gosto nada de ver quem eu amo mal. A primeira coisa que eu fiz, foi colocar ele pra cima, falar a pessoa maravilhosa que ele é, falar tudo o que ele fez de certo... Falar o que eu queria que alguem falasse pra mim! Hoje ele saio do meu clube de "Oi, meu mundo ta desabando e eu não consigo fazer nada" e acordou feliz, confesso que isso me fez ficar um  pouco feliz, em saber que eu fiz isso por ele, que uma vez na vida, eu sou o motivo da felicidade de alguem... E eu juro que eu tentei usar os meus concelhos comigo mesma, mas sabe, eu não consigo. Parece que é meio impossível. Eu sei do que eu preciso, eu preciso de um bom amigo falando coisas boas pra mim, mesmo que a maioria delas sejam mentira, iria me fazer ter uma curva nos meus lábios. É que eu sei que eu não consigo aplicar meus concelhos em mim, então, quer dizer que eu não vou conseguir sair desse buraco sózinha. Isso quer dizer, que eu preciso de alguem...

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